domingo, 28 de janeiro de 2018

Em 1990 uma desastrosa campanha de desratização

Campanha de envenenamento no mês de Abril Sob o lema “O rato é uma praga é preciso eliminá-la”, decorreu de 2 a 20 de Abril, uma campanha de desratização no Pico da Pedra, promovida pela Junta de Freguesia com a colaboração dos Serviços Agrícolas. Antes da referida data, tinha dito ao Sr. Presidente da Junta que o que deveria ter sido feito era uma campanha de limpeza, sendo a de desratização um complemento da primeira. Como é habitual, optou-se por combater os efeitos e não as causas. No período já referido, andaram uns rapazinhos a colocar saquinhos de veneno pelas paredes de algumas ruas em local bem visível e ao alcance de qualquer criança. Posso comprovar através de fotografias e tenho várias pessoas que poderão testemunhar o que acabei de afirmar. No passado dia 27, um grupo de jovens vândalos andou a tirar os sacos das paredes, a atirá-los para o chão, tendo “entrado” em minha casa e tentado envenenar o cão. É com alguma mágoa que venho a público denunciar este autêntico “crime” cometido por uma autarquia composta por pessoas pelas quais tenho o maior respeito e consideração, mas só o faço porque poderá servir de exemplo a não seguir por outros que pretendam promover campanhas do mesmo tipo. Por outro lado, é a prova de que nem sempre com bons ovos se fazem boas omeletes. (Publicado no jornal “Correio dos Açores”, a 6 de maio de 1990)

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Torda-anã

Torda-anã Foi encontrada no Pico da Pedra, no dia 15 de janeiro uma ave marinha, denominada torda-anã (Alle alle) que possui plumagem preta e branca, com bico espesso e curto. De acordo com a Wikipédia, “ nidifica nas regiões árcticas em latitudes muito elevadas (80 graus N) e inverna normalmente no mar acima do Círculo Polar Árctico (por exemplo no Mar de Barents, no estreito da Dinamarca e no Mar da Noruega). Mais para sul é pouco comum, sendo excepcional a sua ocorrência em Portugal.” Esta ave que não é muito comum aparecer nos Açores, foi assinalada pela primeira vez por Godman na publicação “On the Birds of the Azores”, datada de 1866. Damos os parabéns ao sr. Filipe Travassos que a recolheu e que tudo fez para que a ave fosse devolvida à liberdade depois, de devidamente observada por quem de direito. Ainda ontem foi contatado o Centro de Reabilitação de Aves Selvagens de São Miguel que ficou de vir buscar a ave ao Pico da Pedra. Esperamos que o tenha feito. Nota- agradecemos a Gerbrand Michielsen pela sua pronta identificação da ave. Pico da Pedra, 16 de janeiro de 2018 TB

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Capitão Manuel Cordeiro: de canada a rua, depois do sonho de ser avenida

Capitão Manuel Cordeiro: de canada a rua, depois do sonho de ser avenida Quando cheguei ao Pico da Pedra, nos primeiros anos da década de 80 do século passado, o alargamento e abertura da canada da Sabina já era um anseio dos habitantes da freguesia. Mais ou menos por esta altura uma Junta de Freguesia, penso que presidida por Armindo Botelho, conseguiu obter um projeto para que o sonho fosse concretizado. Como no Pico da Pedra não há exceção para uma doença que é endémica de quase todas as terras, outra junta de freguesia de coloração diferente não achou que tal fosse prioridade e o projeto foi engavetado. Muitos anos depois, com um novo projeto, o sonho concretizou-se e hoje estamos todos mais bem servidos. Mas, como não há bela sem senão, aqui vão alguns aspetos que consideramos menos positivos e que, nalguns casos, poderiam ser solucionados sem grandes custos. Começamos pelo caso mais complicado que é a existência de uma longa lomba, junto à saída do campo de futebol, que constitui um perigo para a vida, sobretudo das crianças que frequentam aquela infraestrutura desportiva. Se na altura das obras a solução era muito fácil e não encarecia o projeto, hoje os custos são elevados e nunca uma junta de freguesia poderá arcar com os mesmos.
A segunda situação de facílima solução está relacionada com o pequeno espaço “ajardinado” que se localiza em frente ao campo de futebol. Se felicitamos os promotores pela tentativa de arborizar com espécies nativas ou endémicas, não podemos nos calar face à ignorância ou descuido com que são tratadas as plantas, nomeadamente as faias e os paus-brancos. A inexistência de caldeiras ou de qualquer proteção à volta das plantas fazem com que os fios da roçadoras mutilem os seus caules o que leva, mais cedo ou mais tarde à morte das mesmas, como já aconteceu com algumas e vai acontecer em breve com outras. A solução para o problema é muito fácil e passa pela criação de caldeiras ou pela proteção dos caules.
Relacionado ainda com a arborização da rua, verificamos que as plantas usadas na mesma, apesar de estarem plantadas há alguns anos não se têm desenvolvido como seria de esperar. Com sinceridade não sabemos o que está a falhar, bem como o que deverá ser feito para alterar a situação, a não ser esperar para ver o que acontece, mas não eternamente. Na altura da construção abordamos o encarregado das obras e chamamos a atenção para o facto de nos parecer que as caldeiras serem pequenas, a resposta que tivemos foi se forem pequenas mais tarde alguém vai mandar fazer maiores e é mais trabalho para a empresa.
Por último, uma referência ao ecoponto talvez mais utilizado do Pico da Pedra. Embora não tenhamos dados para tal afirmar, uma coisa é certa vemos pessoas de quase todas as ruas da freguesia a utilizá-lo, bem como trabalhadores de empresas, de outas localidades, que lá depositam sobretudo embalagens. Para além da formação cívica da população que deve ser contínua, devia ser estudada a possibilidade de existir mais um contentor de lixo indiferenciado, pois o existente rapidamente enche, o que faz com que as pessoas passem a colocar resíduos no chão ou, pior do que isso, a depositá-lo nos outros contentores destinados a resíduos específicos, como o vidro, etc.
Pico da Pedra, 5 de janeiro de 2018 Teófilo Braga

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Memória de 1986

Pelo Pico da Pedra

Pelo Pico da Pedra Ontem, depois de muitos anos de ausência, devido às notícias saídas na comunicação social sobre eventuais ou reais irregularidades cometidas pela anterior Junta de Freguesia, decidi assistir à reunião ordinária da Assembleia de Freguesia do Pico da Pedra. Tal como eu, outras pessoas decidiram fazer o mesmo e não deram o seu tempo por desperdiçado. Através das intervenções dos membros da Junta de Freguesia e do Presidente da Assembleia de Freguesia, ficamos a saber que o anterior executivo, aqui não podemos culpar apenas o seu presidente, pessoa com quem simpatizamos, cometeu um conjunto de falhas ou erros imperdoáveis para quem gere dinheiros e património que é de todos. De entre as falhas ou irregularidades, não dizemos crimes pois caberá à justiça, se for feita, ajuizar, foi dado a conhecer que o saldo da conta de gerência não correspondia à realidade, que a contabilidade omitia e branqueava a real situação financeira, que não havia qualquer inventário do património, que existiam despesas não cabimentadas pelos orçamentos e dívidas por pagar que a atual junta não tem meios para o fazer pelo menos nos próximos tempos. De entre as várias despesas por pagar, realço a devida a uma tipografia, a que imprimiu o boletim que foi distribuído pela freguesia em final de mandato que não foi mais do que propaganda eleitoral disfarçada. Para além do referido, foi exposto, também, o caso de um acidente ocorrido com um trabalhador da Junta de Freguesia que não tinha seguro, ou melhor que a Junta havia pago a apólice já com atraso, mas nem este pagamento chegou à seguradora. Agora, o sinistrado tem direito a uma indemnização e a Junta legalmente não o pode fazer até à conclusão do processo que vai ser reaberto. Da reunião, fiquei com a sensação de que o atual executivo está a trabalhar bem, partilhando tudo entre os seus componentes, e de que algumas pessoas com responsabilidades em executivos anteriores estão a tratar os assuntos como se fossem “virgens” em termos de participação autárquica. A título de exemplo, refiro o caso do rigor que pretendem que a atual Junta receba as rendas quando anteriormente nada ou pouco fizeram para que tal acontecesse ou quando abordam alguns assuntos como se deles não tivessem conhecimento, tentando empurrar a culpa para uma pessoa só, sabendo-se que as decisões tomadas por uma Junta de Freguesia são sempre assumidas por todo o executivo. Não pretendendo julgar ninguém, apenas quero que tudo se esclareça, para bem da população da freguesia e para que o bom nome de ninguém fique manchado. Por último, se houver culpados que a culpa não morra solteira. Teófilo Braga Pico da Pedra, 30 de dezembro de 2017

Carnaval 2025